Por que carrego doçura na alma e asas nos pés? Porque sinto a vida além do óbvio. Porque enxergo sol em dias de chuva. Porque amo até mesmo o desamor. Porque acolho cada gesto com os braços do coração. Porque perfumo o caminho das estrelas. Porque componho alegria na poesia da tristeza. Porque desejo colorir a vida com olhos de fé!
O amor que falta. O amor que sobra. O amor que abandona. O amor que não entende. O amor que não sabemos ofertar. O amor que não sabemos receber. O amor que sonhamos viver. O amor não correspondido. O amor negligenciado. O amor que salva. O amor traído. O amor resgatado. O amor que chora com a indiferença. O amor que sorri com o gesto inesperado. O amor adoecido. O amor saudável. O amor que foi embora. O amor que retorna. O amor que nos faz rir pelas lembranças. O amor que dói de saudade. O amor que nos devolve para nós mesmos.
São tantos amores, tantos momentos, tantas vivências... falamos tanto do amor e ainda amamos tão pouco. Enquanto continuarmos buscando por amores perfeitos, continuaremos abraçando ilusões e tendo saudades do que poderia ter sido.
O amor troca os seus passos em uma estrada muito além do que as palavras possam definir. O amor nunca está onde o procuramos.
Ele está na desconstrução de um sentimento ideal. Ele está no imperfeito. Ele está no espaço em que a minha humanidade toca a humanidade do outro.
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