LÍGIA GUERRA

Por que carrego doçura na alma e asas nos pés?
Porque sinto a vida além do óbvio.
Porque enxergo sol em dias de chuva.
Porque amo até mesmo o desamor.
Porque acolho cada gesto com os braços do coração.
Porque perfumo o caminho das estrelas.
Porque componho alegria na poesia da tristeza.
Porque desejo colorir a vida com olhos de fé!

* Lígia Guerra*

segunda-feira, 12 de junho de 2017

O QUE EU NÃO QUERO DO AMOR…

Eu não quero um amor feito ‘cartão ponto’ que me lembre da sua existência apenas nas datas certas. Quero uma amor que me imunize da estupidez dos sentimentos vazios. 

Não quero amor de novela, não quero amor Shakespeariano, não quero amor de tragédia, não quero amor melancólico. Quero um amor de verdade, desses que depositem certezas no lugar das angústias. Se for para me sentir infeliz, prefiro conviver com todos os outros sentimentos que não precisam se disfarçar de amor. 

Não quero um amor que prometa que é para sempre. Não gosto das promessas que acomodam. 
Quero aquele tipo de amor que me faça compreender que ocorrerão mudanças, sempre! 

Não quero um amor perfeito, prefiro um amor humano… Desses que riem entre os lençóis amarrotados e com os cabelos desalinhados depois de um momento de entrega incontida… Desses que amam sem jogos, sem perfomance, sem preocupação com a forma, com a embalagem, com a idade, com a hora, com o jeito de ser ou de sentir… Desses que acontecem e fazem a alma arrepiar antes dos lábios se entrelaçarem. 

Não quero alguém para chamar de meu. Quero alguém que me faça lembrar todos os dias quem eu sou. Não quero posse. Tenho fome de partilha! Se não for possível me relacionar com sentimentos inteiros… Prefiro conviver com o meu amor próprio. 

Não preciso das promessas do amanhã. Não me interessam mais os sentimentos do passado. Amores que deixaram de ser qualquer um é capaz de viver. 

Quero uma amor que esteja vivo. Transformando-se. Descobrindo-se. 
Desejo um amor que seja ‘lembrança boa’ enquanto habita o meu agora. 

* Lígia Guerra*




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