Embora eu admire muito os escritos de Ernest Hemingway, indico esse filme por outro motivo. O pequeno reconhecimento que dedicaram a Martha Gellhorn. Uma mulher excepcional que sempre foi perseguida e invejada pelo seu notável talento e excelência profissional! Inclusive por Hemingway.
Ela foi a terceira esposa de Hemingway, que teve quatro casamentos. Os dois se conheceram em 1936, quando cobriam a Guerra Civil Espanhola. Ficaram casados apenas cinco anos, entre 1940 e 1945. Ela escreveu sobre a libertação da Itália, Israel, Polônia, Vietnã e presenciou a abertura dos portões do campo de concentração de Dachau depois da rendição nazista.
O casamento foi apenas um detalhe em sua vida.
Martha foi uma das maiores correspondentes de guerra do século XX e cobriu praticamente todos os conflitos mundiais que ocorreram durante seus 60 anos de carreira. Torço para que levem para a tela a sua biografia que transcende, e muito, o que foi contado no filme. Ainda assim a película é preciosa, pois além de contar um pouco da vida dessa feminista e corajosa mulher, é de uma beleza e sensibilidade incrível!
Para uma escritora como eu, um impulso para a arte. Para uma humana como eu, a reflexão sobre o quanto jamais devemos abandonar a nossa essência e sonhos. Nem mesmo por alguém como Hemingway. Frase célebre de Martha Gellhorn: “Não quero ser uma nota de rodapé na vida de alguém.”
Liberdade, o nosso maior tesouro! Fica a dica.
- Lígia Guerra -
Nenhum comentário:
Postar um comentário