Dançava no meio da multidão alienada, rodava o vestido branco, pouco se importava com os olhares indiscretos. Era dezembro de um verão estarrecido. De repente, olhou para o lado e o viu. Reparou que era observada há algum tempo: chinelos, bermuda, e um sorriso inexplicável. Tentou disfarçar, inutilmente. Nunca imaginou que seu destino estava sendo traçado ali, naquele ambiente pouco poético. Naquele momento, era apenas um olhar, e uma palavra rouca. Afastados da multidão, com o som quase mudo, as vozes relutantes e um sorriso quente, aprendeu: A dança sempre será definida pelos acasos.
- Rita de Holanda -
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