LÍGIA GUERRA

Por que carrego doçura na alma e asas nos pés?
Porque sinto a vida além do óbvio.
Porque enxergo sol em dias de chuva.
Porque amo até mesmo o desamor.
Porque acolho cada gesto com os braços do coração.
Porque perfumo o caminho das estrelas.
Porque componho alegria na poesia da tristeza.
Porque desejo colorir a vida com olhos de fé!

* Lígia Guerra*

domingo, 22 de setembro de 2019

Onde mora a nossa tristeza?


Onde mora a nossa tristeza? 
Alguém sabe? 
Desconfio que ela esqueceu do endereço. 
Para onde vamos? 
Com quem conversamos? 
Como podemos ser amados nos dias em que nos falta cor? 
Já reparou como as fotos em preto e branco agradam menos? 

Estamos cada vez mais isolados da nossa humanidade e sem lugar para compartilhar angústias. Pois estou aqui para dizer que você pode e deve assumir os seus dias enevoados... Ter o direito de responder que não, não está tudo bem! Mas que nem por isso tudo se transformará em drama. 

É preciso termos o direito de digerir os dias de silêncio... Tão nossos e tão importantes! É fundamental resgatar a nossa verdade, pedir ajuda, sem que isso seja visto como defeito ou incapacidade de lidar com os próprios problemas. 

Sempre que negamos as nossas tristezas também matamos as nossas alegrias, pois sem autenticidade não podemos conviver com nenhuma delas. Não adianta fingir paz no coração enquanto o tsunami da tristeza está arrancando o telhado. 

É preciso rever as nossas verdades e fortificar as nossas estruturas. Admitir que precisamos de ajuda é o nosso maior ato de coragem e de reconstrução do próprio caminho. 

*Lígia Guerra*


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