Depositei em tua boca a minha desordem febril.
Embora não tenha beijado teus lábios, suspirei nossos desejos.
Sorvi cada gota do nosso contentamento por compartilharmos a companhia um do outro.
Ficávamos nus de alma. O corpo pedia o mesmo.
Pensei que teria tempo para arrumar as gavetas das nossas desordens afetivas.
Mas partiste sem que ao menos eu pudesse entregar a minha carta confessa de verdades cruas. Apesar da dor e da negação, quem vencia era o amor. Foste. Estás. Onde?
- Lígia Guerra -
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