LÍGIA GUERRA

Por que carrego doçura na alma e asas nos pés?
Porque sinto a vida além do óbvio.
Porque enxergo sol em dias de chuva.
Porque amo até mesmo o desamor.
Porque acolho cada gesto com os braços do coração.
Porque perfumo o caminho das estrelas.
Porque componho alegria na poesia da tristeza.
Porque desejo colorir a vida com olhos de fé!

* Lígia Guerra*

quinta-feira, 22 de março de 2012

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A BELEZA EM QUE HABITO

- Lígia Guerra -


Toda mulher deseja ser valorizada pela sua beleza, aquela que nega mente. Mulheres são vaidosas, algumas mais, outras menos, mas todas têm as suas vaidades. Do mesmo modo que a vaidade transpira de formas diferentes, a beleza também precisa ser descoberta. A singularidade de cada mulher não costuma ser explícita, raras são as que nascem com uma beleza evidente e as poucas privilegiadas terão outros desafios pela frente: Não se tornarem vítimas da própria beleza ou produtos explorados pela sociedade.

Sim, a verdadeira beleza é uma construção, engana-se quem acredita que ela seja apenas uma combinação genética. Qual de nós não conhece uma mulher linda que de tão vulgar tornou-se feia? Nada desfoca mais a beleza do que a vulgaridade. Essa vulgaridade não é expressa apenas através de uma micro saia ou um decote aprofundado. Vulgar também é quem fala muito de si mesma, expõem-se demais, quem é adepta a palavrões, as que precisam chocar, falar alto e sempre ter razão. Sobra vulgaridade para aquela que falta talento.

Do mesmo modo, qual de nós não conhece uma mulher que em um primeiro momento não chamou a atenção, mas que com o tempo tornou-se bela aos nossos olhos? Nada mais sensual do que inteligência e discrição, ambas costumam estar intimamente ligadas.

Tristemente estamos na era dos clichês vendidos a preço barato em bancas de revistas que, na maioria das vezes, mais nos massacram do que nos ajudam. No final do ano passado saiu uma matéria enorme em uma renomada revista vendendo uma empobrecedora ideia acerca das ‘novas idades’: Os 30 anos são os novos 20, os 40 anos são os novos 30 e assim por diante... Defendendo que as mulheres atuais são o máximo porque aparentam menos idade do que têm. Óbvio que nós temos mais recursos para manter a aparência, mas também temos muito mais cobranças. Hoje mal completamos 30 anos e já temos que acreditar que aparentamos 20 anos para nos sentirmos bem com a própria idade? Essa é uma forma de escravidão mental e comportamental que controla o comportamento feminino com padrões ideais e isso inclui a ‘idade ideal’, um absurdo! Os trinta anos não são os novos vinte e jamais serão. Felizmente nós é que somos novas mulheres.

Beleza exige atitude e essa não é vendida junto com potes de cremes, revistas ou saltos. As mulheres têm que ter o direito de se sentirem belas independente da idade. Para isso precisamos parar de buscar aprovação nos olhos alheios e a pensar com a própria cabeça. Todas somos lindas ao nosso modo. Somos cristais envoltos por um corpo, só temos que descobrir por qual ângulo ele brilha mais. Essa responsabilidade nos pertence.

Não perca tempo se comparando a ninguém, isso só provoca frustração, angústia e inveja. Abandone esse comportamento autodestrutivo.
Altas, baixas, gordinhas ou magrinhas, olhos grandes, boca delicada, cabelos ruivos e cacheados, pés bem desenhados... Descubra aquilo que é inédito em você, desvende as suas características, olhe-se no espelho com amor genuíno, seja grata. Somos ensinadas desde pequenas a amar o próximo como a nós mesmas, então seja amorosa consigo mesma.

Apaixone-se pela sua voz, ame as suas mãos, aprecie o seu cheiro, conheças as suas verdades do direito e do Av3sso, valorize as suas ideias, abrace calorosamente as suas escolhas. Quer melhorar algo em si mesma? Ótimo, faça isso, mas primeiro cuide das suas emoções. Elas devem ser o porto seguro da sua vida, sempre!

Lembre- se, a beleza não habita o nosso corpo, nós é que habitamos a sua alma.

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde!
O Belo é para quem acha a pessoa linda, maravilhosa.
De nada adianta uma mulher, Mis Universo amar se doar, para um homem, quando ele encontra o belo em uma mulher, que é feia pelos padrões de beleza. Discordo de todos. O belo para mim não é o belo da Ligia. O belo do Soler não é o belo da Ligia.

Francisco Elui

Anônimo disse...

A beleza em que habito? É aquela que eu sinto. Quem vive sem noção, não passa nem perto de qualquer "Beleza".
Beleza para mim é aquela que vem da natureza. Se o meu bicho do mato que habita em mim, me joga para aquela mulher: Pequena, Corpo bem cheio, Morena. O resto é complemento: vestido longo, curto. Cabelo colorido, curto, comprido. A avaliação total depende do meu conhecimento. Cultura, mundo onde vivemos e por aí a fora.

Francisco Elui

Cris Campos disse...

Nossa! Assim não aguento mais te ler Lígia! Precisa me revelar tanto assim? rsss Amei esse mergulho de alma!Bj.