
São tantas as pessoas que dizem: “Não sei por que você gosta tanto de escrever, a vida é o que é, ponto! Nessas horas sempre busco forças em Schopenhauer, que eu tanto admiro! Em um dos seus pensamentos ele diz: “Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência”. Na sua obra “O Mundo como Vontade e Representação”, um dos seus trabalhos mais importantes em minha opinião, Schopenhauer afirma que ao tomar consciência de si, o homem se experiencia como um ser movido por aspirações e paixões. Estas constituem a unidade da vontade, compreendida como o princípio norteador da vida humana. Acredito que devido a isso encontramos nesse mundo algumas pessoas que são apenas sobreviventes, pessoas rasas, pessoas alienadas e pessoas profundas, pois cada um desses grupos enfrenta as suas “vontades” de forma bastante diferente! Para Schopenhauer, ao tomar consciência de si, o homem se experiencia como um ser movido por aspirações e paixões. Estas constituem a unidade da vontade, compreendida como o princípio norteador da vida humana. A vontade, no entanto, não se manifesta como um princípio racional, ao contrário! Ela abstrai, na maioria das vezes, a nossa capacidade de refletir com lucidez. Contudo, existem alguns caminhos que possibilitam ao homem escapar da vontade, e assim, da dor que ela acarreta. A primeira via é a da arte. Schopenhauer valorizava as manifestações artísticas como a arquitetura, a pintura, a escultura, a literatura e especialmente a música! A arte funciona como um fôlego, uma pausa que consegue nos livrar, momentaneamente, da ditadura da vontade. Porém, a arte representa apenas um paliativo para o sofrimento humano. Outra possibilidade de desenvolvimento é a moral. A conduta humana deve voltar-se para a superação do egoísmo; este provém da ilusão de individuação, pela qual um ser humano deseja, constantemente, suplantar os demais. A compreensão das armadilhas da vontade permite que nos libertemos do nosso egoísmo e que possamos desenvolver sentimentos como a fraternidade e a compaixão. Entretanto, a suprema felicidade somente pode ser conseguida pela anulação da vontade. Tal anulação é encontrada por Schopenhauer no misticismo hindu, particularmente no Budismo e na meditação libertadora.
- Lígia Guerra -
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