Saudade daquilo que vivi... Saudade de quem amei... Saudade dos amigos que nunca mais abracei... Saudade de tudo que já não faz mais parte da minha vida... Hoje acordei tentando entender porque as coisas passam tão rápido... Porque convivemos tão pouco justamente com as pessoas que nos tocam a alma. Então decidi! Decidi reassumir aquilo que ficou para trás e que tanto me fazia sofrer por ter abandonado... Surpreendentemente descobri que eu estava com uma enorme saudade de mim... Daquela que sempre fui e que é a minha real essência. Aquela que não precisa ter respostas para tudo, que ama viver o novo, a experiência inusitada... A que não permite nem que a distância ou os compromissos sejam mais fortes do que inércia em nada fazer. Hoje reassumi quem sou, sem fórmulas, sem conceitos prontos, assumi que não adianta apenas falar em correr riscos, mas que é preciso assumi-los com um desejo voraz. Hoje entendi que estava com saudade da minha ousadia que não segue regras, que não marca hora, que chega sem avisar e faz acontecer. Assim, tudo o que foi construído um dia torna-se uma bela história que deixa saudades, mas que nem se compara ao que está por ser realizado. Percebendo isso pude entender que na verdade é o passado, esse curioso, que estica os seus olhos para o meu momento presente. Descobri que é ele quem fica me chamando, apesar de muito contrariado, por sentir uma imensa saudade de mim...
- Lígia Guerra -
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