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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Depositei...


Depositei em tua boca a minha desordem febril. Embora não tenha beijado teus lábios, suspirei nossos desejos. Sorvi cada gota do nosso contentamento por compartilharmos a companhia um do outro. Ficávamos nus de alma. O corpo pedia o mesmo. Pensei que teria tempo para arrumar as gavetas das nossas desordens afetivas. Mas partiste sem que ao menos eu pudesse entregar a minha carta confessa de verdades cruas. Apesar da dor e da negação, quem vencia era o amor. Foste. Estás. Onde? 

- Lígia Guerra -


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