LÍGIA GUERRA

Por que carrego doçura na alma e asas nos pés?
Porque sinto a vida além do óbvio.
Porque enxergo sol em dias de chuva.
Porque amo até mesmo o desamor.
Porque acolho cada gesto com os braços do coração.
Porque perfumo o caminho das estrelas.
Porque componho alegria na poesia da tristeza.
Porque desejo colorir a vida com olhos de fé!

* Lígia Guerra*

domingo, 21 de outubro de 2012

O tempo...



Engraçado como as lembranças fazem o tempo de bobo.  
Basta encontrar a letra dele em um livro. 
Identificar o seu perfume há tempos borrifado no cartão, 
 mas que teimoso insiste em não partir. 
Passar em frente ao restaurante que, 
de forma sagrada,  ‘pertencia’ aos dois. 
Ouvir a música que acariciava os momentos do reencontro... 
 E pronto! 
Feito um passe de mágica o ontem 
se mistura ao hoje em segundos, 
 sem preliminares, sem consentimento ou sedução. 
As lembranças invadem soberanamente o agora. 
 Escancaram a falta do que deixou de ser. 
Todas as pretensiosas regras que foram criadas 
e mensuradas para demarcar o tempo são desmascaradas. 
 Quem controla isso não é o relógio, mas o coração. 
 Somente ele. 

 - Lígia Guerra -

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