Identificar o seu perfume há tempos borrifado no cartão,
mas que teimoso insiste em não partir.
Passar em frente ao restaurante que,
de forma sagrada, ‘pertencia’ aos dois.
Ouvir a música que acariciava os momentos do reencontro...
E pronto!
Feito um passe de mágica o ontem
se mistura ao hoje em segundos,
sem preliminares, sem consentimento ou sedução.
As lembranças invadem soberanamente o agora.
Escancaram a falta do que deixou de ser.
Todas as pretensiosas regras que foram criadas
e mensuradas
para demarcar o tempo são desmascaradas.
Quem controla isso não é o relógio, mas o coração.
Somente ele.
- Lígia Guerra -
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