O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a sentir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
13 de Junho de 1888
Aniversário de Fernando António Nogueira Pessoa
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce."
Um comentário:
Fé. Uma melodia . As vezes, consigo entender. Fernando Pessoa.
Mais um Gemeniano.
Abraços.
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